top of page
cpef-mapa1961.jpg

Mapa da Companhia Paulista de Estradas de Ferro - CPEF, publicado como suplemento da Revista Ferroviária em 1.961.

(Fonte: http://www.pell.portland.or.us/~efbrazil/cpef_map_1961.html).

A partir de 1.868 foi fundada a CPEF, com capital de fazendeiros de café, para atender o interior do estado de São Paulo a partir de Jundiaí, onde chegava a linha vindo de Santos da São Paulo Railway. A construção das linhas e do conjunto de oficinas em Jundiaí foi iniciada em 1.870.

Em 1.872 foi inaugurado seu primeiro trecho, até Campinas. Em 1.892 adquiriu as linhas da Estrada de Ferro Rio-Clarense e seguiu até a cidade de Colômbia, na margem do rio Grande, fronteira com Minas Gerais. O tronco oeste da linha chegou até o rio Paraná, passando por Bauru. Com a aquisição de outras companhias menores, como a Companhia Estrada de Ferro Dourado, a Companhia Paulista teve quase 2000 km de linhas férreas até 1.950. Sua maior dificuldade na expansão foi a diferença de bitola nos vários trechos, de 1,60, 1,00 e 0,60 metros, exigindo baldeações de um trem a outro em diversos pontos.

A companhia iniciou o cultivo de eucaliptos em Jundiaí no ano de 1.903. A partir daí, outros hortos florestais foram criados, como o de Aimorés (Bauru), Bebedouro, Bela Vista (Iperó), Boa Sorte (Restinga), Brasília (Cabrália), Córrego Rico (Jaboticabal), Descalvado, Camaquã (Ipeúna), Guarani (Pradópolis), Loreto (Araras), São Carlos, Sumaré, Mogi Mirim, Tatu (Limeira) e Rio Claro. O Horto de Rio Claro atualmente forma a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade e abriga o Museu do Eucalipto.

Apesar das dificuldades, a Companhia Paulista implantou inovações na gestão ferroviária, incluindo: locomotivas mais modernas nos vários períodos em que atuou, carros de passageiros mais confortáveis (carro de luxo tipo Pullman, carro restaurante e carro leito), oficinas para construção e montagem de peças, escolas para formação de profissionais, plantio de hortos para obtenção de madeira destinada a dormentes, equipamentos e lenha e, por fim, a eletrificação de linhas. Começou a eletrificar suas linhas em 1919, inaugurando a primeira composição elétrica em 1.922.

Esta empresa certamente possuía os melhores padrões técnicos de desempenho e luxo no transporte ferroviário do Brasil desde sua fundação. As pessoas acertavam seus relógios com o apito de seus trens! Atendia as regiões Norte e Oeste do estado de São Paulo, ricas regiões produtoras de café. Seus lendários trens de luxo - chamados de Trem Azul (The Blue Train) - ainda são lembrados com orgulho. A eletrificação de suas linhas, que teve início na década de 1.920, mostrou seu pioneirismo, bem como seu alto nível de serviço, bem como a dieselização precoce durante a décda de 1.950.

 

Essa época de ouro infelizmente começa a se encerrar no início dos anos 1.960, devido à crescente competição do transporte rodoviário. Funcionou como ferrovia privada até 1.961, quando o Estado de São Paulo assumiu o controle, após várias greves por causa dos baixos salários - consequência direta da crise. Em 1.971, foi uma das ferrovias que formaram a Ferrovias Paulistas - FEPASA.

Texto:

http://www.pell.portland.or.us/~efbrazil/cpef.html

http://museusferroviarios.net.br/antigas-companhias/companhia-paulista/

bottom of page