Quando o contrato para a construção do monotrilho em Poços de Caldas, em Minas Geria foi assinado, no ano de 1.982, a obra era tida como visionária, capaz de mudar e impulsionar o turismo na cidade. No entanto, quase quatro décadas depois, o meio de transporte pouco andou e terminou devolvido à Prefeitura Municipal em 2.019.
Após a assinatura do contrato, a empresa responsável pela concessão, J. Ferreira Ltda, teria 10 anos para construir e inaugurar o monotrilho, mas uma série de problemas fez com que a abertura oficial acontecesse somente nos anos 2000.
Mas, ao longo dos últimos 20 anos, além de falhas técnicas e grandes períodos em que o serviço ficou parado, já aconteciam desentendimentos entre a concessionária e a Prefeitura de Poços de Caldas.
Em 25 de setembro de 2000, após a inauguração oficial, o trem descarrilou em uma curva e os passageiros tiveram que ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros.
O ponto alto da crise do meio de transporte foi em 2003, quando duas pilastras caíram, derrubando parte da estrutura. As viagens, então, nunca mais foram retomadas e, recentemente, a empresa responsável entregou a concessão ao município.
O Monotrilho de Poços de Caldas/MG foi construído no início da década de 1.980 pela empresa J. Ferreira Ltda. a qual era também a responsável por sua operação e manutenção. A linha elevada interligava o terminal rodoviário da cidade até a área central, totalizando 6 km de extensão e 11 estações. Os carros têm capacidade para 80 passageiros e são alimentados eletricamente; no entanto, eles também têm motores a diesel que podem ser usados em caso de falta de energia elétrica.
(Foto: década de 1.980, o Monotrilho de Poços de Caldas em uma de suas raras viagens operacionais, no centro da cidade. Fonte: site "Memórias de Poços").